Artista: Fernanda Fragateiro
Curadoria: MEIAC
Local: Casa da História Judaica
Horário de funcionamento:
3ª feira a Domingo: 10h00 – 18h00
Folha de Sala:
A obra “Jardins portáteis. Um jardim para Agnes Martin” é uma visão particular do espaço, do ambiente físico no qual desenvolvemos as nossas vidas e as nossas experiências; ligando-o, neste caso, à memória pessoal da pintora canadiana Agnes Martin (Canadá, 1912), a partir do interesse da autora pela prática de artistas, designers e arquitectos das vanguardas históricas presentes na sua obra.
Esta recriação de um jardim doméstico, construído com materiais simples e reconhecíveis por todos, estabelece uma relação corpo a corpo com o espetador. Podemos passear à sua volta, ao mesmo tempo que desdobramos a nossa perceção, combinando uma experiência retiniana com uma experiência puramente corporal. A obra torna-se uma evocação particular de cada indivíduo que se renova em cada ato contemplativo. Jardins portáteis não é uma projeção afectiva acerca dos jardins, mas o reconhecimento de um campo que em cada um de nós se projeta de forma diferente, ou seja, da nossa própria interioridade. Este jardim estabelece uma dupla relação entre uma dimensão interior (uma casa, um espaço circunscrito e protegido, um lugar de repouso) e uma dimensão exterior (o espaço ajardinado, pleno de natureza, ordenado pelo homem).
A obra de Fernanda Fragateiro (Montijo, Portugal, 1962) é um catalisador das nossas experiências pessoais e que entendo aqui que a arte tem a função de nos tornar mais humanos. A arte é utilizada como uma espécie de luz de salvação, o que implica também uma dimensão de alteridade que depende diretamente da experiência de vida de cada um. Fragateiro, que aos quinze anos dizia que um dia seria artista, aos vinte proclamava que a arte tinha o poder de fazer tremer o mundo. Hoje continua a trabalhar neste paradigma com uma obra plástica marcada pela ideia de construção, marcada pela ordem, pelo rigor e pela atenção ao pormenor.
MEIAC
Sobre o MEIAC:
O Museo Extremeño e Iberoamericano de Arte Contemporáneo tem por objetivo desenvolver e promover as relações culturais dos três âmbitos geopolíticos que se cruzam na Extremadura: Espanha, Portugal e Iberomamérica. Localizado em Badajoz e com um interesse amplo na produção artística, destaca-se desde 2000 pelo foco nas novas tecnologias como meio de criação.